Organic acid profile in Gliricidia sepium silages treated with wheat bran and chemical additives

Abstract

Os ácidos orgânicos produzidos durante a fermentação são determinantes para a estabilidade e qualidade da silagem. Este estudo avaliou os teores de ácido lático (AL), ácido acético (AA), ácido propiônico (AP) e ácido butírico (AB) em silagens de Gliricidia sepium ensilada com farelo de trigo e aditivo químico à base de ácidos orgânicos (FreshCUT®). Foram utilizados quatro tratamentos: 1- silagem de gliricídia (GLIRI); 2- gliricídia + farelo de trigo (G + FT); 3- gliricídia + aditivo (G + A); e 4- gliricídia + farelo + aditivo (G + FT + A), com três repetições por tratamento. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Scott-Knott (p<0,05). Nenhuma das variáveis apresentou diferença estatística significativa entre os tratamentos (p > 0,05). No entanto, observou-se variação nos valores médios, com tendências importantes do ponto de vista biológico. Para o ácido lático, o tratamento G + FT + A obteve média de 35,73g/kg, próximo ao valor da testemunha (GLIRI: 39,84 g/kg). Já o menor teor foi encontrado em G + A (24,87g/kg), sugerindo que o aditivo isolado pode não estimular tanto a produção de ácido lático. Em relação ao ácido acético, GLIRI apresentou a maior média (53,07g/kg), enquanto G + FT apresentou a menor (24,21 g/kg), indicando possível efeito do farelo na contenção da fermentação acética. O ácido propiônico, associado à estabilidade aeróbia, apresentou valores baixos em todos os tratamentos, variando de 1,73 a 5,79g/kg. O ácido butírico, indesejável na silagem, teve maior concentração em G + A (4,38g/kg) e menores níveis nos demais tratamentos, com destaque para G + FT (1,95g/kg). Mesmo sem diferença estatística, do ponto de vista biológico, os tratamentos com farelo de trigo tendem a melhorar o perfil fermentativo das silagens, com menor produção de ácidos indesejáveis e estabilidade potencial superior.