Archivos Latinoamericanos de Producción Animal. 2021. 29 (3-4)
Caracterização fenotíp ic a de suíno s crioulos d a região Centro-Sul do Paraná, Brasil
Recibido: 2020-10-30. Aceptado: 2021-04-07
1
Autor da correspondência: leited@gmail.com
237
Ananda Aguiar
Denyse Maria Leite
1*
Valderês Aparev id a Sousa
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná. Rua da Bandeira, 500, CEP:80035-270, Curitiba-PR, Brazil
Marson Warpec ho w isk i
Anna Paula Holzmann Mass
Ricardo Zanella
Maria Marta Loddi
Phenotypic Characterization of Creole Pigs
Abstract: This research aimed to phenotypically characterize 55 pigs from traditional communities, called Faxinal
with each pig, 24 variables were measured: 8 qualitative morphological, 16 quantitative / zoometric and 5 zoometric
indices were determined. According to the frequency tables of the qualitative variables, it was observed that most
pigs showed similarities to the morphological patterns obs erv ed in the Brazilian breeds Moura, Piau and Canastra.
For the data of the zoometric variables and the zoometric indices, descriptive statistical analysis and variance
analysis were applied using two different sources of variation: sex and Faxinal. There was a great morphological
variability of the studied creole pigs, with the highest values of the variation coefficients observed croup length and
width, live weight and snout length. According to the averages obtained, the pigs were classified as elliptical,
mesocephalic, longilinous, concavilinous. Significant d ifferenc es between Faxinal were observed for croup width,
body length, snout and croup, croup height and interorbital distance and cephalic, facial and pelvic indices.
Significant differenc es between sex es were obs erv ed for w ithers height, sno ut length, shin girth and interorbital
distance. There was significant between Faxinal *sex interaction for some zoometric variables, but not for the
indexes. For body measurements, the correlations were high and significant, with the thoracic perimeter, abdominal
perimeter and body length being the characteristics that best correlated with live weight. Cranial measurem ents
(lengths of snout, ear and head and interorbital distance) were moderate to low. To infer the population structure, a
statistical model was applied based on a bayesian approach according to the Structure Harvest software. It was
possible to identify three phenotypic groupings, corroborating the results of qualitative variables. Genetic
characterization studies should be carried out in these populations to serve as a basis for defining strategic actions
for conservation and sustainable use of these genetic resources.
Keywords: conservation, genetic resources, morfology, zoometric measures .
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar fenotipicamente 55 suínos provenientes de comunidades
tradicionais, chamadas de Faxinal. Em cada suíno foram mensuradas 24 variáveis: 8 morfológicas qualitativas, 16
quantitativa / zoométrica e determinado 5 índices zoométricos. De acordo com as tabelas de frequência das
variáveis qualitativas, observou-se que a maioria dos suínos apresentaram semelhanças aos padrões morfológicos
observados nas raças brasileiras Moura, Piau e Canastr a. Para os dados das variáveis zoométricas e os índices
zoométricos foram aplicados a análise estatística descritiva e a de variância. Verificou-se grande variabilidade
morfológica dos suíno s crioulos estudados, sendo os maiores valores dos coeficientes de variação observados para
comprimento e largura da garupa, peso vivo e comprimento de focinho. Através das médias obtidas os suínos
foram classificados como elipométricos, mesocefálicos, longilíneos, concavilíneos. Foram observadas diferenças
significativas entre Faxinal para largura de garupa, comprimento do corpo, focinho e garupa, altura da garupa e
distância interorbital, e dos índices cefálico, facial e pélvico. As diferenças significativas entre sexo foram
observadas para altura da cernelha, co m prim ento do focinho, perímetro da canela e distância int erorb ital.
Verificou-se interação significativa de Faxinal*sexo para algumas variáveis zoométricas. Para as medidas corporais
as correlações foram altas e significativas, sendo o perímetro torác ico , o perímetro abdominal e o comprimento do
corpo as que melhor se correlacionaram com o peso vivo. as med id as cranianas (comprimento do focinho, orelha
e cabeça e a distância interorbital) foram de moderadas a baixas. Para inferir a estrutura po pulac io nal foi aplicado
um m od elo estatístico baseado em uma abordagem bayesiana de acordo com o software Structure Harvester. Foi
possível identificar três agrupamentos fenotípicos, corroborando com os resultados das variáveis qualitativas.
Estudos de caracterização genética deverão ser realizados nestas populações para que sirvam de base na definição
de ações estratégicas para programas de conservação e uso sustentáv el d es s es recursos genéticos.
Palavras-chave: conservação, recursos genéticos, morfologia, medidas zoométricas.
238
Leite et al.
Introducción
As raças autóctones, também chamad as de crioulas,
naturalizadas ou localmente adaptadas de suínos,
existentes no Brasil, são procedentes das diversas raças
europeias, asiáticas e algumas inglesas e americanas,
trazidas pelos po rtugues es durante o período colonial.
A partir da mestiçagem, do cruzamento, da
consanguinidade e da seleção dessas raças, surgiram
as raças brasileiras de suínos que foram uma
importante fonte de alimentação para todo país até
início do século XX. Entretanto, a partir das mudanças
ocorridas na indústria, mercado e preferência do
consumidor, os suínos crioulos foram desvalorizados e
substituídos por raças exóticas mais produtiv as , com
menor quantidade de gordura na carcaç a. Desde
então, as raças brasileiras de suínos têm enfrentado
uma drástica redução em número e diversidade e
muitas estão sob am eaç a de extinção (Macêdo et al.,
2020). Segundo Mariante (2015), informações da base
de dados global de recursos genéticos animal para a
alimentação e agricultura da FAO mostra que 20 % das
raças que se tem informações são classificadas como
ameaçadas de extinção, e que em nível mundial tem-se
perdido uma raça ao mês. Portanto, uma
preocupação mundial com a redução e perda da
biodiversidade ass o c iad a ao aumento da seleção entre
animais de produção (Zanella, 2020).
Nas diversas regiões do Brasil, os suínos crioulos
têm um importante papel socioeconômico para os
agricultores familiares de subsistência. Estes são,
geralmente, criados em sistemas extensivos, sem
nenhum controle zootécnico e é difícil encontrar nos
rebanhos raças locais sem mistura de raças exóticas
(Silva Filha et al., 2010; Leite, 2014; Burda et al., 2019;
Macêdo et al., 2020). Na região Sul, especificamente no
estado do Paran á, Leite (2014) verificou a presença de
suínos crioulos em comunidades tradicionais,
chamadas de Faxinal. Nessas comunidades os animais
são explorados sem acompanhamento técnico e
manejados em sistem a silvipastoril tradicional, onde
parte da alimentação dos animais é oriunda dos
recursos naturais, tais como, frutas silvestres, raízes,
bulbos, pastagens natural e cultivada, insetos,
minhocas, entre outros (Leite et al., 2009).
Apesar da importância sobre a conservação dos
recursos genéticos ainda são poucas as informações,
na literatura brasileira, sobre o efetivo do rebanho,
localização geográfica, caraterização fenotípica e
genética, e de desempenho produtivo dos suínos
crioulos. Para McManus et al. (2010), um dos primeiros
passos para caraterização destes recursos genéticos
inclui o conhecimento das variações nas características
morfológicas. Assim sendo, o objetivo do presente
trabalho foi realizar a c arac terizaç ão fenotípica das
populações de suínos crioulos, provenientes de
Faxinais, localizados na região Centro -S ul do estado
do Paraná.
A caracterização fenotípica foi realizada em suínos
crioulos presentes nos “Faxinais Emboque” (FE) e
“Marmeleiro de Baixo” (FMB), localizados na região
Centro-Sul do estado do Paraná, nos municípios de
São Mateus do Sul e Rebouças, respectivamente. O
município de São Mateus do Sul encontra-se a uma
Latitude: 25°59´09” S e Longitude: 50°11 50” W,
estando a uma altitude de 830 m, e o de Rebouças a
uma Latitude: 25°36´22” S e Longitude 50°41 37” W, a
uma altitude de 815 m. A temperatura média anual
desses munic ípio s situa-se em torno de 17 °C a 18 ºC e
o índice pluviométrico anual varia de 1 200 mm a 1
800 mm. Foram coletadas informações de uma
amostra formada por 55 suínos, sendo 43 fêmeas (F)
multíparas prenhas e lactantes e 12 machos (M)
reprodutores. Deste total, 28 (19F e 9M) e 27 (24F e 3M)
eram provenientes do FMB e do FE, respectivamente.
Os dado s foram obtidos por avaliação individual dos
animais de acordo com os princípios étic o s de
experimentação d a Comissão de Ética no Uso de
Animais Domésticos CEUA, protocolado sob o
23/2014.
Em razão da inexistência de registros zootécnicos nos
rebanhos, houve necessidade de definir alguns
critérios, como a idade, preferencialmente acima dos
12 meses, informado pelos produtores, e de pelagem
com predominância em cada Faxinal.
Foram coletadas informações de oito (08) variáveis
morfológicas por animal, sendo elas: perfil cefálico,
tipo de orelhas, cor da pelagem, mucosa e dos cascos;
presença de cerdas e mamelas e número de tetas. Estas
variáveis foram comparadas com o referencial
morfológico das raças brasileiras de suínos descrita
por EMBRAPA/CENARGEN (1990).
Para a caracterização morfológic a quantitativa foram
mensuradas 16 variáveis zoométricas (em cm),
conforme Revidatti (2009) Silva Filha et al. (2010),
sendo elas: medidas c ranianas - comprimento da
cabeça (CC), focinho (CF), orelha (CO); largura da
cabeça (LC), focinho (LF), orelha (LO) e distância
interorbital (DIO) e medidas corporais comprimento
da garupa (CG), corpo (C C O), garupa (LG); altura da
cernelha (AC) e garupa (AG); perímetro torácico (PT),
Materiales y Métodos
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Phenotypic Characterization of Creole Pigs
abdominal (PA), canela (PC) e eso vivo (PV). As
medidas foram realizadas com fita métrica e
hipômetro e a metodologia das aferições estão
detalhadas na tabela 1.
Tabela 1. Medidas zoom étri cas .
Variáveis Zoométricas Descrição
Medidas Cranianas
CC Distância medida desde a protuberância occipital externa até a ponta do focinho
CF Distância medida desde a sutura fronto-nasal até a extremidade do focinho
CO Distância medida entre o ponto central da base da orelha e o vértice da m es m a
LC Distância medida entre ambas as apófises do temporal.
LF Distância medida entre a base de ambos os caninos.
LO Distância med ida entre ambas as bordas da orelha.
DIO Distância medida entre ambas as apófises do frontal.
Medidas Corporais
CG Distânc ia medida desde a tuberosidade ilíaca externa (ponta da anca) até a ponta
da nádega
CCO Distância desde a base do occipital até a vértebra coccígea.
LG Distância medida entre ambas as tuberosidades ilíacas externas.
AC Distância medida desde o solo até o ponto mais culminante da cernelha
AG Distância vertical existente desde o solo até o ponto de união da região lombar com
a garupa
PT Rodeando o corpo na região torácica
PA Rodeando o corpo na região lombar
PC Rodeando o terço médio do metacarpo (parte m ais estreita da canela)
O peso dos animais foi estimado através da equação
de regressão determinada para animais em idade
reprodutiva (≥ 10 meses), segundo metodologia de
Mutua et al. (2011).
Peso Vivo Estimado (PVkg) = 0.35(CCO) + 1.02(PT)
74
A avaliação racial e funcional dos animais estudados
foi desenvolvida a partir de seis índices zoométricos,
conforme metodologia adaptada de Revidatti (2009) e
Silva Filha et al. (2010). Os índices estão detalhados na
tabela 2.
Tabela 2 Índices zoométricos de suínos.
Índice Zoométrico Descrição
Índice Cefálico (IC) LC / CC x 100
Índice Facial (IF) CF / CC x 100
Índice Corporal (ICO) COC / PT x 100
Índice Pélvico (IP) LG / CG x 100
Índice de Compacidade (ICD) AC / PV x 100
Índice de Carga da Canela (ICC) PC / PV x 100
zoométricas e índices foram aplicados análise
estatística descritiv a e a de variância utilizando duas
fontes de variação: sexo e faxinal, considerando um
fatorial 2 x 2. Para todas as análises foi utilizado o
Programa R. A significância das correlações
fenotípicas foi verificada pelo teste t, baseado no
intervalo de confiança de 99 %. Para inferir sobre os
grupos de raças existentes no conjunto de indivíduo s
avaliados foi aplic ado um modelo estatístico baseado
em uma abordagem bayesiana de acordo c o m o
software Structure 2.2.3 (Pritchard et al., 2000). A
análise bayesiana foi realizada usando os modelos de
fenótipos correlacionados com frequência de mistura
com 50 000 passos de Monte Carlo da Cad eia de
Markov (MCCM) e 50 000 períod os de “burn in”
usando 500 000 números de MCMC repetições. O
número de K foi ajustado de 2 a 10 e 10 repetições
foram executadas para cada K. O número mais
provável de clusters (K) foi selecionado calcul ando a
taxa de mudança de segunda ordem da função de
verossimilhança em relação a K (Evanno et al., 2005)
utilizando o software Structure Harvester (Earl, 2012).
Para os dados das variáveis qualitativas foram
estabelecidas tabelas de frequência e das variáveis
Resultados e Discussão
A maioria dos suínos avaliados apresentaram perfis
cefálicos retilíneo (49.09 %) e subconcavilíneo (49.09
%), orelhas ibéricas (61.82 %), com cerdas (98.18 %),
cor de pelagem tordilha (47.27 %) e oveira (32.73 %),
cascos pretos (83.94 %), mucosa pigm entad a escura, de
cor preta (50.91 %) e mesclada, de cor preta e branca
(49.01 %), possuíam tetas variando de 12 a 14 (63.63 %)
e sem mamelas (94.54 %) (Tabela 3). Ao comparar os
resultados das variáveis morfológicas estudadas com
as descritas das raças brasileiras de suínos
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Tabela 3. Distribuição de frequência absoluta e relativa das variáveis qualitativas de suínos localmente adaptados, provenientes
de Faxinais da região Centro-Sul do Paraná - Brasil.
1
branca-bege com manchas pretas, toleradas manchas vermelhas e brancas; 2preta entremeada de pelos brancos.
De acordo com a tabela 4, verifica-se uma grande
variabilidade morfológica dos suínos locais estudados,
com os maiores valores dos coeficientes de variação
observados para o comprimento d a garupa (26.35 %),
a largura da garupa (22.58 %), o peso vivo (23.83) e o
comprimento de focinho (20.54 %). Populações de
suínos crio ulo s oriundos de outros países da América
Latina apresentaram menores coeficientes de variação
(EMBRAPA/CENARGEN, 1990), constatou-se que a
maioria dos suínos avaliados apresentaram
semelhanças aos pad es observ ad o s, principalmente,
nas raças Moura e Piau e poucos na raça Canastra
(Figura 1). Diante deste resultado, é provável ter
existido algumas destas raças na formação dos grupos
genéticos presentes nos Faxinais estudados. Em outros
estudos, realizados no Brasil sobre caraterização
fenotípica de suínos localmente adaptados, também
foram observados a existência de suínos com algumas
características morfológicas das raças brasileiras, tais
como Moura, Piau, Canastra, Monteiro, Nilo,
Caruncho, Pirapitinga, Canas trão (Cavalc ante Neto et
al., 2007; Silva Filha et al., 2010; Mac êd o et al., 2020).
Porém, nestas populações não foram verificados
animais de raças puras e, provavelmente, no presente
estudo. Esse fato pode s er devido aos cruzamentos
desordenados de várias raças locais ou grupamentos
genéticos e de raças comerciais introduzidas nos
rebanhos. Por se tratar de cruzamentos sem
acompanhamento técnico, a manutenção da
diversidade genética pode ser comprometida,
diminuindo as chances de sobrevivência dessas
populações (Macêdo et al. 2020).
Variável Qualitativa Frequência Absoluta Frequência Relativa ( %)
Retilíneo
27
49.09
Perfil Cefálico Subconcavilíneo 27 49.09
Concavilíneo 1 1.82
Ibérica 34 61.82
Tipo de Orelhas Céltica 17 30.92
Asiática 4 7.27
Pelo Presença 54 98.18
Ausência 1 1.82
Oveira
1
18 32.73
Cor da Pelagem Tordilha
2
26 47.27
Preta 11 20.00
Preto 46 83.64
Cor dos cascos Branco 6 10.91
Preto e branco 3 5.45
Preta 28 50.91
Cor da mucosa Mesclada (preta e branca) 27 49.09
Mamelas Presenç a 3 5.54
Ausência 52 94.54
08 4 7.27
Número de tetas 10 16 29.09
12 26 47.27
14 9 16.36
Figura 1. Exemplares de tipos de suínos que se assemelham as raças brasileira M oura (a), Piau (b) e Canastra (c), presentes nos
Faxinais da região Centro-Sul do Paraná - Brasil.
Leite et al.
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(Hurtado et al., 2004; Arredondo et al., 2011; Vargas et
al., 2015; Céspedes et al., 2016, Velázquez et al., 2016)
do que do presente trabalho. Esse fato pode ser
atribuído aos sistemas de ges tão e ambientes nos quais
as populações foram d es env o lvid as , diversidade
genética existente entre elas, bem como o estado
fisiológico dos animais. Os valores médios obtidos da
altura da cernelha (61.67 cm) e do perímetro da canela
(17.16 cm) foram próximos aos observados em
populações de suínos crioulos do Brasil (Silvia Filha et
al., 2010), assim como da Venezuela, A rgen tina e
Equador (Hurtado et al., 2004; Revidatti et al., 2005).
No entanto, em populações de suínos crioulos do
Uruguaia, Castro et al. (2012) verificaram valores
maiores. A altura da cernelha é uma característica
pouco influenciada pelas condições ambientais em
relação as outras medidas corporais, sendo assim
importante para delimitar as diferenças ou
semelhanças entre suínos provenientes de d iferentes
origens. O perímetro da canela também é uma das
medidas importantes para o estudo morfológico de
suínos, uma vez que o seu valor expressa o
desenvolvimento esquelético com maior precisão do
que qualquer outra medida. Em função do peso médio
obtido (PV = 81.49 kg), os suínos do presente estud o
podem ser classificados como elipométricos (PV < 180
kg) de tamanho pequeno. R es ultad o semelhant e foram
obtidos por Silva Filha et al. (2010) em populações de
suínos crioulos no Nordeste do Brasil.
Tabela 4. Estatística d es crit iv a das varáveis zoométricas e peso vivo da amostra total de suínos localmente adaptados (n
1
=55),
provenientes d e Faxinais da região Centro-S ul do Paraná - Brasil.
Variável zoométrica Média ± DP
3
Máxima Mínima CV
4
( %)
(cm)
2
AC 61.67 ± 6.58 80.00 48.00 10.76
AG 64.51 ± 9.10 79.00 32.00 14.11
CC 31.12 ± 5.30 55.00 21.00 17.03
CO 18.78 ± 2.77 24.00 12.00 14.77
CF 16.65 ± 3.41 27.00 8.00 20.45
CCO 106.02 ± 13.68 148.00 76.00 12.90
CG 29.98 ± 7.90 52.00 19.00 26.35
DIO 11.89 ± 2.38 18.00 7.00 19.99
LC 18.64 ± 3.17 30.00 12.00 17.01
LO 14.85 ± 2.33 20.00 9.00 15.68
LG 33.94 ± 7.66 49.00 19.00 22.58
LF 9.29 ± 1.76 16.00 6.00 18.95
PA 127.34 ± 16.95 173.00 100.00 13.31
PC 17.16 ± 1.99 23.00 12.00 11.59
PV (kg) 81.49 ± 17.79 122.56 54.76 21.83
PT 115.02 ± 12.21 150.00 94.00 10.61
1
Número de suínos avaliados.
2
AC=Altura da cernelha; AG=Altura da garupa; CC=Comprimento da cabeça; CO=Comprimento da orelha;
CF=Comprimento do foc inho ; CCO=Comprimento do corpo; CG=C o mprim ento da garupa; DIO=Distância Interorbital; LC=Largura da cabeça;
LO=Largura da orelha; LG=L argura da garupa; LF=Largura do focinho; PA=Perímetro abdominal; PC= Perím etro da canela; PT=Perímetro
torácico; PV=Peso Vivo.
3
Desvio-Padrão;
4
Coeficiente de variação.
Em relação aos índices zoométric o s (Tabela 5),
verificou-se altar dispersão na maioria dos índices
estudados, o que sugere que as populaç õ es avaliadas
apresentaram um padrão racial heterogêneo. A partir
dos valores médios obtidos dos índices zoométricos
foi possível classificar os suínos da população
estudada como mesocefálicos (IC = 64.69), longilíneos
(ICO = 93.98) e concavilíneos (IP = 119.73).
Em vários estudos latinoamericanos os suínos
crioulos foram classificados com o mesocefálicos,
cujas médias de IC foram maiores que 50 (Revidatti
et al., 2005; Montenegro et al., 2014; Pérez et al., 2015;
Vargas et al., 2015). nas populações de suínos
crioulos caracterizadas por Silv a Filha e t al. (2010), no
Brasil, Hurtado et al. (2004), na V enezuela;
Arredondo et al . (2011), na Colômbia; Jiménez et al.
(2014), na Guatem ala e Hernández-Baca et al. (2017),
na Nicarágua, os animais apresentaram proporções
dolicocéfalas (IC < 50). Os caracteres étnicos
referidos pela cabeça, como o índice cefálico, têm sua
importância etnológica, especialmente porque sua
variação não é influenciada por fatores ambientais e
de
manejo (Herrera e Luque, 2009).
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Tabela 5. Estatística descritiva dos índices zoométricos da amostra total de suínos localmente adaptados (n
1
=55), provenientes de
Faxinais da região Centro-Sul do Paraná - Brasil.
Em populações de suínos crioulos nicaraguenses e
peruanos, Hernández-Baca et al. (2017) e Céspedes et
al. (2016), res pec tiv am ente, observaram que os animais
eram longilíneos. Es tes resultados foram semelhantes
ao verificado no presente estudo, onde os animais
foram classificados como longilíneos. Por outro lado,
em outro s estudos da América Latina os suíno s
crioulos foram classificados como mesolíneos (ICO >
83 e < 89) e brevilíneos (ICO < 83) (Hurtado et al., 2004;
Revidatti et al., 2005; Lorenzo et al., 2012; Vargas et al.,
2015; Pérez et al., 2015). Para o IP, o qual indica a
relação entre a largura e comprimento da garupa,
verificou-se que a largura predominou ao invés do
comprimento da garupa (IP > 100), indicativo de que
são animais de baixa capacidade reprodutiva, devido
ao osso pélvico pequeno e reduzido, concordando c o m
os resultados obtidos po r Silva Filha et al. (2010) e
Jiménez et al. (2014). De acordo Revidatti et al. (2005), o
índice de compacidade (ICD) é um índice funcional de
interesse na produção de carne, e o índice de carga de
canela (ICC) mostra a harmonia entre a massa total do
corpo (peso vivo) e a conformação das extremidades
(perímetro da c anela), ou seja, para maior peso, maior
grau de robustez no animal examinado, manifestado
concretamente pela força das suas extremidades. Os
valores médios obtidos no presente estudo para ICD
(75.68) e ICC (21.06) foram maiores do que os
observados em suínos crioulos por Silva Filha et al.
(2010). Diante desses resultados, pode-se inferir que os
suínos do presente estudo possuem maior proporção
esquelética, s ão mais robustos e, consequentemente,
mais pesados do que os suínos do Nordeste d o Brasil.
Por outro lado, outros autores encontraram valores
maiores para ICC e ICD em suínos crioulos argentinos
(Revidatti et al., 2005) e para ICD em suínos peruanos
(Pérez et al., 2015).
Na tabela 6 verifica-se que no Faxinal Emboque (FE)
os suínos apresentaram maior LG (P < 0.001), CCO (P <
0.01), DIO e CF (P < 0.05) do que aqueles oriundos do
Faxinal Marmeleiro de Baixo (FMB). Por outro lado,
verificou-se maiores médias para as variáveis AG e CG
(P < 0.001) no FMB do que no FE. Silva Filha et al. (2010)
também verificaram efeito significativo entre localidade
para algumas variáveis zoométricas em suínos crioulos
brasileiros, assim como, em outros países latino-
americanos (Pérez et al., 2015; Varga et al., 2015). Estas
difereas observadas entre localidades podem ser
devido às adaptações desenvolvidas pelos animais, ao
longo dos anos, em fuão dos ecossistemas de cada
localidade. É importante mencionar que os recursos
naturais presentes nas diferentes localidades / países
são variáveis, o que pode ser vantajosamente explorado,
resultando em um maior desenvolvimento corporal dos
animais (Hurtadoet al., 2004).
Foram observadas diferenças significativas entre
sexos para as variáveis PC (P < 0.001), AC e CF (P <
0.01) e DIO (P < 0.05), sendo as maiores médias
observadas nos machos (Tabela 6). Este fato poderia
ser uma indicação de dimorfismo sexual, mas devido
ao baixo número de animais amostrados, isso não
pode ser afirmado, e é desejável aumentar o número
de machos amostrados. No entanto, McManus et al.
(2010) encontraram dimorfismo sexual em variáveis
cranianas e corporais, quando avaliaram raças
crioulas do Brasil, Uruguaie Colômbia.
O efeito significativo encontrado da interação
Faxinal*sexo para as variáveis AC e PC (P < 0.001), AG e
CCO (P < 0.01) e LF e PA (P < 0.05) pode refletir a
interdependência desses fatores entre si, pelo fato do
pastoreio ter sido praticado como um manejo comum
nos dois Faxinais estudados, indicando que as forragens,
embora não sendo o principal alimento para as escies
monogástricas, eram a base da alimentação dos animais.
Diante desse resultado, sugere-se que a composição
mista da oferta de alimentos foi variável nas diferentes
localidades (graneas, leguminosas, raízes, tubérculos,
frutos e outros). Hurtado et al. (2004) tamm
verificaram efeito significativo da interão local x sexo
para algumas variáveis zoométricas.
1
Número de suínos avaliados.
2
IC=Índice cefálic o ; IF=Índice facial; IP=Índice pélvico; ICO= Índ ic e corporal; ICD=Índice de compacidade;
ICC=Índice de carga de canela.
3
Desvio-Padrão; 4Coeficiente de variação.
Índice Zoométrico
2
Média ± DP
3
Máxima Mínima CV
4
( %)
IC 64.69 ± 13.43 95.24 36.84 20.76
IF 53.93 ± 9.77 74.07 29.41 18.12
IP 119.73 ± 39.43 222.00 60.98 32.94
ICO 93.98 ± 11.70 121.31 72.09 12.45
ICD 75.68 ± 10.35 99.35 59.87 13.68
ICC 21.06 ± 3.08 29.22 14.69 14.62
Leite et al.
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Tabela 6 - Compar ação de médias das variáveis zoométricas e peso vivo de suínos localmente adaptados, provenientes da região
Centro-Sul d o Paraná - Brasil, por Faxinal (F), sexo (S) e interação FxS.
Variável Faxinal Sexo
Zoométrica
1
(cm) FMB
2
FE
3
Fêmea Macho F*S
(n
4
=28) (n=27) (n=43) (n=12)
µ
5
± DP
6
µ ± DP µ ± DP µ ± DP
AC 75.05 ± 8.5 76.28 ± 11.7 79.53 ± 14.4 79.05 ± 7.3** ***
AG 68.2 ± 6.5*** 60.7 ± 9.8 62.9 ± 8.6 70.3 ± 8.1 **
CC 31.6 ± 4.6 30.6 ± 5.9 30.7 ± 5.5 32.5 ± 3.7 n.s.
CO 18.9 ± 3.0 18.7 ± 2.5 18.6 ± 2.7 19.4 ± 2.7 n.s.
CF 15.7 ± 3.8 17.7 ± 2.7* 16.9 ± 3.0 18.7 ± 3.7** n.s.
CCO 110.7 ± 15.5 101.7 ± 13.5** 104.9 ± 12.2 111.3 ± 18.4 **
CG 34.9 ± 7.9*** 24.8 ± 3.3 28.9 ± 7.6 34.0 ± 7.5 n.s.
DIO 10.7 ± 2.0 13.1 ± 2.1* 11.7 ± 2.3 12.5 ± 2.3* n.s.
LC 19.5 ± 3.5 14.7 ± 2.6 18.4 ± 2.3 19.4 ± 1.9 n.s.
LO 15.0 ± 2.4 14.7 ± 2.3 14.7 ± 2.3 15.3 ± 2.2 n.s.
LG 30.4 ± 7.5 37.6 ± 2.3*** 33.9 ± 7.7 34.0 ± 7.0 n.s.
LF 9.5 ± 1.9 9.0 ± 1.6 9.1 ± 1.7 9.8 ± 1.8 *
PA 129.9 ± 17.9 124.7 ± 15.8 128.0 ± 17.6 124.9 ± 13.4 *
PC 17.04 ± 1.60 17.3 ± 2.3 16.8 ± 1.58 18.6 ± 2.5*** ***
PT 113.0 ± 10.7 117.0 ± 13.5 114.9 ± 12.7 115.4 ± 9.99 *
PV (kg) 81.83 ± 14.3 81.84 ± 16.09 81.00 ± 15.29 83.73 ± 14.97 **
1
AC=Altura da cernelha; AG=Altura da garupa; CC=C o m prim ento da cabeça; CO=Comprimento da orelha; CF=Comprimento do focinho;
CCO=Comprimento do corpo; CG=Comprimento da garupa; DIO=D is tânc ia Interorbital; LC=Largura da cabeça; LO=Largura da orelha;
LG=Largura da garupa; LF=Largura do focinho; PA=Perímetro abdominal; PC=Perímetro da canela; PT=Perímetro torácico, PV=Peso vivo;
2Faxinal Marmeleiro de Baixo;
3
Faxinal Emboque;
4
Número de animais;
5
Média;
6
Desvio-padrão. Médias por faxinal e po r sexo apresentam
diferenças significativas: *** (P < 0.001); **(P < 0.01); *(P < 0.05).
Através da tabela 7, verifica-se que houve diferenças
significativas dos índices zoométricos entre Faxinal e
sexo, mas não houve para a interação Faxinal*sexo. Os
maiores valores médios dos índices cefálico, facial e
pélvico (P < 0.001) foram observados no FE do que no
FMB. Para o índice corporal (ICO), compacidade (ICD)
e carga de canela (ID C ) não houve diferenças
significativas (P > 0.05).
Em outros estudos fo ram observadas diferenças
significativas entre localidades para IC, IP e ICO
(Hurtado et al., 2004), para IC, IP (Estupiñán et al.,
2009) e para IC, IP, ICD (Revidatti et al., 2005), em
suínos crioulos da Venezuela, Equador e Argentina,
respectivamente.
Com relação ao efeito do sexo (Tabela 7), verificou-
se diferença significativa apenas para IF (P < 0.001). Os
machos e fêmeas foram classificados co m o
mesocefálicos (IC > 50) e longilíneos (ICO > 89). No
entanto, Céspedes et al. (2016) verificaram dimorfis m o
sexual para ICO em suínos crioulos do Peru, onde os
machos foram class ific ad o s como longilíneos e as
fêmeas mesolíneas.
Tabela 7. Comparação de médias dos índices zoométricos de suínos localmente adaptados, provenientes da região Centro-Sul do
Paraná - Brasil, por Faxinal (F), sexo (S) e interação FxS.
Índice zoométrico
1
Faxinal Sexo
FMB
2
(n
4
=28) FE
3
(n=27) Fêmea (n=43) Macho(n=12) F*S
µ
5
± DP
6
µ ± DP µ ± DP µ ± DP
IC 57.41 ± 11.13 72.2 ± 11.4*** 52.9 ± 9.50 57.5 ± 9.40 n.s.
IF 49.6 ± 9.7 58.4 ± 7.8*** 66.2 ± 13.60*** 59.3 ± 10.60 n.s.
IP 87.4 ± 12.1 153.2 ± 28.1*** 124.0 ± 40.00 104.4 ± 31.0 n.s.
ICO 87.87 ± 8.24 100.31 ± 11.64 93.36 ± 11.80 93.39 ± 17.48 n.s.
ICD 70.1 ± 18.5 69.0 ± 19.4 70.0 ± 19.70 68.0 ± 13.80 n.s.
ICC 19.1 ± 4.9 19.6 ± 5.2 19.4 ± 5.20 19.2 ± 3.80 n.s.
1
IC=Índice cefálico; IF=Índice facial; IP=Índice pélvico; ICO = Índ ic e corporal; ICD=Índice de compacidade; ICC=Índice de carga de canela;
2Faxinal Marmeleiro de Baixo;
3
Faxinal Emboque;
4
Número de animais;
5
Média;
6
Desvio-padrão. Médias p or faxinal e por s exo apresentam
diferenças sig nific ativ as: *** (P < 0.001); **(P < 0.01); *(P < 0.05).
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Para as medidas corporais as correlações foram altas
e significativas (99 %), sendo o perímetro torácico , o
perímetro abdominal e o comprimento do corpo as
que melhor se correlacionaram com o peso vivo
(Figura 2). as medidas c ranianas (comprimento do
focinho, orelha e cabeça e a distância interorbital
foram de moderadas a baixas . Essas diferenças são
provavelmente devido ao fato de que as características
da cabeça estão fortemente relacionadas à raça,
enquanto as características corporais são fortemente
influenciadas pelo ambiente, dependendo do regime
alimentar e do sistema de criação (McManus et al.,
2010).
X não significativa a 1 % de probabilidade pelo teste t. AC= Altura da cernelha; AG= Altura da garupa; CC= Comprimento da cabeça; LF =
Largura do focinho; P= Peso vivo; PT = Perím etro torácico; PA = Perímetro abdominal; PC = Perímetro da canela; CCO= Comprimento do corpo ;
LO = Largura da orelha; CO= Comprimento da orelha; L C = Largura da cabeça; CG =Comprimento da garupa; LP = Larg ura do pescoço; LG=
Largura da garupa; CF= Comprimento do focinho; DIO = Distância Interorbital.
Figura 2. Correlação fenotípica das variáveis biométricas de suínos locais do Faxinal Marmeleiro de Baixo e Faxinal Emboque,
localizados na região C entro -S ul do Paraná, Brasil.
As es tim ativ as de diferenciação de grupo, a partir
da abordagem bay esi ana, confirmaram três
agrupamentos fenotípicos de suínos nos Faxinais
estudados (Figura 3). Esse resultado confirma os
observados das variáveis morfológicas qualitativas.
Análise de estrutura onde K = 3 teve a maior mudança
na probabilidade posterior e em uma representação
visual da estrut ura a partir um gráfico populacional.
Os valores de maior verossimilhança para as
diferentes repetições (10) utilizadas na análise de
atribuição bayesiana foram observados para K = 3 que
contribuíram para um ΔK alto (10.313958).
Os números fora dos parênteses refere-se à identificação do animal; (1) Faxinal Marmeleiro de Baixo ; (2) Faxinal Emboque.
Figura 3 - Análise bayesiana das variáveis fenotípicas avaliadas em suínos locais do Faxinal Marmeleiro de Baixo e Faxinal
Emboque, lo c alizad o s na região Centro-Sul do Paraná.
Leite et al.
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Conclusões
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Os suínos avaliados diferenciaram quanto sua
caracterização fenotípica, indicando possíveis
agrupamentos populacionais independentes, que
poderão ser identific ad o s após uma sequência de
pesquisas de caracterização desses grupos,
especialmente a genética. Esta análise é uma primeira
abordagem da morfologia dos suínos crioulos
presentes em Faxinais. Po rtanto , é neces s ário realizar
estudos de caraterização genética destas po pulaç õ es
para que sirvam de base na definição de ações
estratégicas para programas de conservação e
fomento.
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