Archivos Latinoamericanos de Producción Animal. 2023. 31 (2)
Desenvolvimento sexual em touros taurinos, índicos e mestiços F1
no Brasil Central
Recibido: 20220922. Aceptado: 20221120
1Autor para la correspondencia: gfreneau@gmail.com
2Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa
3Departamento de Clinica e Cirurgia, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais
171
Gustavo E. Freneau1
Sexual development in taurine, indicus and crossbred F1 bulls in Brazil
Abstract. The aim of this study were to characterize and determine the sexual development of Bos taurus, Bos indicus
and F1 crossbreeds of these two subspecies bulls. Observe from the bulls the evolution of body and testicular
growth characteristics, and seminal aspects from puberty to sexual maturity and verify the differences between of
the seminal characteristics and scrotal circumference between puberty and sexual maturity. We used 17 Holstein
PBPO (HOL), 21 GirPO race (GIR) and 29 crossbred F1 HolsteinGir (F1) bulls in semiextensive system from
seven to 25 months of age and 18 Nellore bulls (NEL) in extensive pasture range from ten to 30 months of age.
Every four weeks were measured data of body growth (body weight and heart girth) and testicular (length, width
and testicular volume and scrotal circumference. Semen samples were collected every two weeks and observed the
physical and morphological aspects of the ejaculate. Were defined the seminal puberty and sexual maturity
according to seminal characteristics. The puberty was reached to 10.1 ± 1.2; 12.3 ± 1.9, 14 ± 1.9 months of age in
HOL, F1 and GIR, respectively (P < 0.05) and 14.6 ± 1.7 for NEL. Sexual maturity was observed at 12.5 ± 1.0, 15.3 ±
2.4, 18.3 ± 2.1 to Hol, F1 and GIR, respectively (P < 0.05) and 20.0 ± 1.5 for NEL. There were relationships between
age and body, testicular and seminal characteristics. Scrotal circumference and testicular volume were represented
by curves logistic functions. These bulls showed fourmonth interval between puberty and sexual maturity (sperm
quality) and seven months with sexual maturity (quality and quantity of sperm) in Central Brazil conditions. Were
determined the body, testicular, seminal characteristics of bulls during sexual development including puberty and
sexual maturity. There is a relationship between the characteristics of testicular and seminal body growth with
sexual development in bulls
Keywords: cattle, testís, semen, puberty, sexual maturity
https://doi.org/10.53588/alpa.310204
Laboratório de Andrologia e tecnologia do Sêmen, Escola de Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Goiás.
Jose Domingos Guimaraes2
Resumo. Com os objetivos de caracterizar e determinar o desenvolvimento sexual de touros Bos taurus taurus, Bos
taurus indicus e mestiços F1 de estas duas subespécies. Acompanhar a evolução das características de crescimento
corporal e testicular, de aspectos seminais de touros desde a prépuberdade até a maturidade sexual e verificar e
testar as diferenças entre diversos eventos das características seminais e de biometria testicular entre a puberdade e
maturidade sexual. Foram utilizados 17 touros da raça Holandesa PBPO (HOL), 21 da raça GirPO (GIR) e 29
mestiços F1 Holandês Gir (F1) em regime semiextensivo desde os sete aos 25 meses de idade e 18 Nelore (NEL) em
regime a pasto desde os dez até os 30 meses de idade. A cada quatro semanas foram aferidos dados de crescimento
corporal (peso e circunferência torácica) e testicular (comprimento, largura e volume testicular e perímetro escrotal.
Foram realizadas coletas de sêmen a cada duas semanas e observados os aspectos físicos e morfológicos dos
ejaculados. Com estes dados se definiram a puberdade seminal e definições de maturidade sexual de acordo com
características dos ejaculados. A puberdade foi alcançada aos 10,1±1,2; 12,3 ± 1,9; 14, ±1,9 meses de idade para HOL,
F1 E GIR, respectivamente (p < 0,05) e 14,6±1,7 para NEL. A maturidade sexual foi observada aos 12,5±1,0; 15,3±2,4;
18,3±2,1 para HOL, F1 e GIR, respectivamente (P < 0,05) e 20,0±1,5 para NEL. Houve relações entre a idade e
perímetro escrotal e volume testicular representadas por curvas de equações de funções logísticas. Observaramse
quatro meses de intervalo entre a puberdade e maturidade sexual com qualidade espermática e 7 meses com a
maturidade sexual com qualidade e quantidade de espermatozoides em touros criados em condições do Brasil
Central. Determinaramse as características ponderais de biometria testicular e reprodutivas de touros durante o
desenvolvimento sexual incluindo a puberdade e maturidade sexual. relação entre as características de
crescimento corporal testicular e seminal com o desenvolvimento sexual em quatro grupos zootécnicos.
Palavraschave: bovinos, testículo, sêmen puberdade, maturidade sexual.
Vicente Ribeiro Vale Filho 3
172
Introdução
Freneau et al
A puberdade é a manifestação de competência
reprodutiva ou início da fertilidade em touros. Esta
fase do desenvolvimento sexual caracterizase como a
idade em que ocorre rápido crescimento testicular,
mudanças no modelo de secreção do hormônio
luteinizante, que acarreta gradual incremento da
testosterona sérica ou plasmática e, como
consequência, a iniciação da espermatogênese. Relatos
comprovaram a relação negativa entre idade á
puberdade e o tamanho testicular (perímetro escrotal)
em touros de várias raças bovinas (Lunstra et al., 1978),
herdabilidade adequada nos programas de
melhoramento (Lunstra et al., 1988) , qualidade do
sêmen (Silva et al., 2002) e características reprodutivas
de fêmeas (MartínezVelázquez et al., 2003).
Estudos sugerem que a proporção de peso corporal
à maturidade é maior preditor da idade à puberdade
maior que a idade o peso corporal absoluto (Freetly et
al., 2011). Apesar de comprovada a relação da taxa de
crescimento e o desenvolvimento sexual em touros de
corte (Brito et al., 2012). As maiores diferenças raciais
que dizem respeito a cronologia do desenvolvimento
reprodutivo, encontram se relacionadas a bovinos das
subespécies Bos taurus taurus e Bos taurus indicus e os
produtos de seu intercruzamento. Entre as pesquisas
que estudaram o desenvolvimento sexual em raças
europeias em clima temperado apresentaram idades
que variaram entre 10 e 14 meses de idade (Archbold
et al., 2012; Brito et al., 2007a; Dance et al., 2016, 2015;
Devkota et al., 2008; Harstine et al., 2015; Lunstra et al.,
1978; Lunstra and Cundiff, 2003; Lunstra and
Echternkamp, 1982; Madgwick et al., 2008; Wolf et al.,
1965). O desenvolvimento reprodutivo do touro não é
um evento linear e mostram eventos como a
puberdade e a maturidade sexual (Amann and Walker,
1983; Rawlings et al., 2008). Os objetivos do trabalho
foram caracterizar e determinar o desenvolvimento
sexual de touros Holnades, Gir, mestiços F1 Holandes
Gir e Nelore. Acompanhar a evolução das
características de crescimento corporal e testicular, de
aspectos seminais desde a prépuberdade até a
maturidade sexual. Verificar e testar as diferenças entre
diversos eventos das características seminais e de
biometria testicular entre a puberdade e maturidade
sexual de touros Holnades, Gir, mestiços F1 Holandes
Gir .
Desarrollo sexual en toros F1 taurinos, índicos y mestizos en el centro de Brasil
Resumen. Con el objetivo de caracterizar y determinar el desarrollo sexual de toros Bos taurus taurus, Bos taurus
indicus y mestizos F1 de estas dos subespecies. Siga la evolución de las características de crecimiento corporal y
testicular, aspectos seminales de los toros desde la prepubertad hasta la madurez sexual y verifique y pruebe las
diferencias entre diferentes eventos de características seminales y biometría testicular entre la pubertad y la
madurez sexual. Se utilizaron 17 toros Holstein PBPO (HOL), 21 toros GirPO (GIR) y 29 mestizos F1 Holstein Gir
(F1) en régimen semiextensivo de siete a 25 meses de edad y 18 Nelore (NEL) en pastoreo. de diez a 30 meses de
edad. Cada cuatro semanas se midieron los datos de crecimiento corporal (peso y circunferencia torácica) y
crecimiento testicular (longitud, ancho y volumen testicular y perímetro escrotal), se recolectó semen cada dos
semanas y se observaron los aspectos físicos y morfológicos de los eyaculados. pubertad seminal y definiciones de
madurez sexual según características del eyaculado La pubertad se alcanzó a los 10,1±1,2, 12,3±1,9, 14,±1,9 meses de
edad para HOL, F1 y GIR, respectivamente (p < 0,05) y 14,6±1,7 para NEL La madurez sexual se observó en 12,5±1,0;
15,3±2,4; 18,3±2,1 para HOL, F1 y GIR, respectivamente (P < 0,05) y 20,0±1,5 para NEL. Hubo relaciones entre la edad
y el perímetro escrotal y el volumen testicular representados por curvas de ecuaciones de función logística.Se
utilizó un intervalo de cuatro meses entre la pubertad y la madurez sexual con calidad espermática y 7 meses entre
la madurez sexual con calidad y cantidad espermática en toros criados en condiciones en el centro de Brasil. Se
determinaron las características de biometría testicular y peso reproductivo de toros durante el desarrollo sexual,
incluyendo la pubertad y la madurez sexual. Existe una relación entre las características de crecimiento del cuerpo
testicular y seminal con el desarrollo sexual en cuatro grupos zootécnicos.
Palabras clave: bovinos, testículos, semen, pubertad, madurez sexual.
Material e Métodos
Na época em que este trabalho foi feito, não tínha
mos o IACUC obrigatório (CEUA) no Brasil, pois foi
somente a partir da aprovação da Lei 11.794/08 que
eles se tornaram obrigatórios (CEUA/UFG (IACUC)
iniciado em 2011). No entanto, buscamos desenvolver o
trabalho de forma a observar o Princípio dos três R's
(substituição, redução, refinamento) e o Guia de
Cuidados e Uso de Animais de Laboratório/NIHUSA.
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173
Desenvolvimento sexual em touros taurinos, índicos e mestiços
O presente estudo de desenvolvimento sexual em
touros foi realizado em dois momentos e locais
diferentes. Todos os procedimentos de colheita de
dados se correspondem e foram realizados
identicamente e pela mesma equipe de trabalho. Um
primeiro grupo utilizou se 17 touros raça Holandesa
PBPO, 21 da raça GirPO e 29 mestiços F1 Holandês
Gir desde os seis e sete meses de idade,
respectivamente, localizados em IbiaMG. O manejo
estabelecido foi o mesmo para os três grupos
zootécnicos, com regime do tipo semiextensivo. Foi
fornecida uma ração comercial balanceada de alta
energia para animais em crescimento, com 16 % PB, 80
% de NDT, 1,8 % de Ca e 0,57 % P. Foi administrada de
milho junto com a ração, uma vez por dia, em cochos
coletivos. O resto do tempo os tourinhos
permaneceram em piquetes com pastagem de
Brachiaria decumbens. Em outro grupo foram utilizados
18 touros da raça Nelore desde os 10 até os 30 meses de
idade em Carmolândia, TO. Os animais eram mantidos
em regime de pasto Brachiaira brizanta, com
mineralização ad libitum, utilizandose sal comercial de
reconhecida qualidade.
Foram aferidos o peso corporal e o perímetro o
perímetro torácico com auxílio de balança individual e
fita métrica. A biometria testicular foi determinada
pelas medidas do comprimento e largura testicular
junto com o perímetro escrotal com auxílio de
paquímetro e fita métrica. Para efeitos de cálculos e
analises foram considerados o comprimento e largura
como a média dos testículos direitos e esquerdos.
Foram analisadas as curvas de crescimento testicu
lar representados pelo perímetro escrotal para os
quatro grupos zootécnicos. Para tal fim foi utilizada a
função logística. (Quirino et al., 1999). Todas As
análises foram realizadas utilizando o procedimento de
regressão não linear Proc Nlin (SAS, 2016).
Representada pela seguinte equação Logística: Y = A I
(I + B exp kt ), onde Y = PE é o Perímetro escrotal em t
dias de idade, PE a=45 b=4 c=0.10, A é o PE estimado
na maturidade; B indica a proporção do PE maturidade
assintótica a ser obtida após o nascimento, estabelecido
pelos valores iniciais; k é a constante de maturação, que
é igual à razão entre o taxa máxima de crescimento e
PE na maturidade.
Foram realizadas colheitas de sêmen e a avaliação
dos ejaculados nos aspectos físicos e morfológicos dos
ejaculados foram realizados de acordo com as
recomendações do CBRA (CBRA, 2013). Os critérios de
avaliação das patologias espermáticas foram de acordo
com BLOM (Blom, 1973), baseados em defeitos maiores
e menores.
Para estudar o processo de desenvolvimento sexual
de touros foram estabelecidos diferentes momentos
para marcar eventos. Estes tiveram como critérios as
diferentes características seminais. Idade ao
aparecimento dos primeiros espermatozoides nos
ejaculados dos touros (ISEM1). Idade ao aparecimento
dos primeiros espermatozoides moveis nos ejaculados
dos touros (ISEM2). Idade à Puberdade Seminal
primeiros ejaculados dos touros com pelo menos 10 %
de motilidade progressiva e 50x106 espermatozoides/
ejaculado (IDPUB) (Wolf et al., 1965). A maturidades
sexual foi caracterizada nos eventos a seguir: Idade em
que os ejaculados dos touros apresentaram pelo menos
50 % de motilidade progressiva e 500x106 espermatozoi
des/ejaculado (IMACO). Esta definição foi utilizada
considerando características dos ejaculados com
capacidade de serem congelados (Lunstra and Cundiff,
2003). Idade em que os ejaculados dos touros
apresentaram um máximo de 15 % de defeitos maiores
e 30 % de defeitos totais (IMAT1) (Freneau, 1996)
(CBRA, 2013). Idade em que os ejaculados dos touros
apresentaram um máximo de 15 % de defeitos maiores
e 30 % de defeitos totais com pelos menos 500x106
espermatozoides/mL de concentração espermática
(IMAT2) (Freneau, 1996). Idade em que os ejaculados
dos touros apresentaram um máximo de 10 % de
defeitos maiores e 20 % de defeitos totais com pelos
menos 500x106 espermatozoides/ml de concentração
(IMAT3) (Freneau, 1996).
Os dados quantitativos e qualitativos foram anali
sados pelo pacote estatístico SAS (SAS, 2016). O
programa para análise dos dados registrou uma saída
de 2163 observações (registros de touros avaliados) com
242 características analisadas. Das observações obtidas
foram 458, 757, 588 e 360 de touros Holandeses,
Mestiços F1 HolandesGir, Gir e Nelore,
respectivamente. A comparação estatística foi realizada
entre Holandeses, Gir e F1 Crossbred HolGir.
O grupo de touros Nelore foi apresentado de forma
descritiva, já que os experimentos não foram realizados
na mesma região nem com a mesma nutrição.
As medias das características quantitativas foram
testadas para normalidade mediante ShapiroWilk e
comparadas pela analises de pelo teste de Tukey
Kramer. As médias das características motilidade
espermática, vigor espermático, turbilhão, defeitos
espermáticos menores maiores e totais foram
comparadas entre os grupos zootécnicos pelas análises
não paramétricas KruskalWallis (P < 0,05) e posterior
mente usandose Wilcoxon para comparar os grupos
aos pares (Sampaio, 2002).
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Tabela 1: Características de crescimento corporal e testicular, e seminais de touros HolandesesPO, Mestiços F1 HolandêsGir,
GirPO e Nelore à Puberdade Seminal (Wolf et al., 1965)
Idade a Puberdade Seminal
Holandês (n17) Mestiço F1 (n29) Gir (n21) Nelore (n18)
Media DP Media DP Media DP Media DP
Idade (meses) 10,1 1,2 c 12,3 1,9 b 14,0 1,9 a 14,6 1,7
Peso corporal (kg) 254,2 42,3 b 298,1 46,4 a 238,7 25,1 b 223,5 30,8
Circun. Torácica (cm) 134,5 10,1 b 148,1 11,7 a 140,4 12,2 b 147,3 4,8
Perímetro escrotal (mm) 278,5 21,3 a 274,4 26,0 a 235,9 18,4 b 223,5 23,1
Volume testicular (cm3) 422,5 112,1 a 383,2 98,1 a 274,4 83,4 b 251,9 78,5
Comprimento testículo (mm) 88,4 9,0 a 85,2 8,7 ab 80,3 8,3 b 76,1 8,7
Largura testículo (mm) 54,7 5,9 a 53,0 5,1 a 45,7 4,5 b 45,3 4,6
Volume ejaculado (ml) 4,6 2,1 b 6,4 2,4 a 4,7 1,3 b 3,2 0,7
Motilidade progressiva (%) 17,6 8,3 b 27,4 17,8 ab 21,4 15,5 a 14,6 7,0
Vigor (15) 1,5 0,6 b 2,0 0,7 a 1,7 0,7 ab 1,7 0,5
Turbilhão (15)      
Conc. Esperm. (x106 sptz/ml) 15,1 5,6 a 27,1 36,8 a 16,3 9,5 a 24,1 8,4
Sptz /Ejac (x106 sptz/ml) 63,9 31,9 a 90,9 62,0 a 69,9 33,1 a 77,0 27,9
Gota cito. Proximal (%) 32,5 12,6 a 33,3 17,9 a 38,2 20,6 a 33,9 14,0
Defeitos Sptz Totais (%) 91,5 27,2 ab 93,3 22,8 a 80,8 24,2 b 89,6 27,3
Defeitos Sptz Maiores (%) 72,7 20,5 a 76,4 25,2 a 76,4 25,3 a 73,3 25,6
Defeitos Stpz menores (%) 21,9 10,4 a 15,1 7,8 b 4,8 4,1 c 16,2 4,0
Circun= circunferência, Conc. = concentração, Esperm. = espermática, Sptz= espermatozoides. Valores seguidos por letras distintas indicam diferenças entre colunas
P < 0,05 pelo teste não paramétrico de KruskalWallis – Wilconxon / variância ajustado TukeyKramer.
As idades dos touros aos primeiros espermatozoides
nos ejaculados foram mais precoces (P < 0,05) para os
touros Holandeses (9,4±1,2 meses) seguidos pelos
Mestiços F1 (10,8 ±2,0 meses) e os touros Gir (12,6±1,5
meses). Os toros Nelore (12,9±2,0 meses) foram
semelhantes ao grupo dos Gir. Posteriormente as
idades dos touros em que apresentaram os primeiros
ejaculados com espermatozoides móveis foram de
9,6±1,4; 11,2±2,0; 13,0±1,6; meses de idade para
Holandeses, Mestiços F1 e Gir respectivamente. Estas
medias observadas mantiveram as mesmas diferenças
que as acima relatadas entre elas (P < 0,05). Os touros
Nelore apresentaram esta condição aos 13,4 ± 2,0 meses
de idade, próximos ao grupo dos Gir.
Na Tabela 1 estão apresentadas as características de
crescimento corporal, testicular e seminais dos touros
dos grupos genéticos estudados na puberdade seminal
(Wolf et al., 1965).
Como era de esperar os animais taurinos foram mais
precoces que os índicos ficando os Mestiços F1 em
posição intermedia e os zebuínos mais tardios (P < 0,05).
O peso corporal foi maior nos touros mestiços (P < 0,05)
sendo os Holandeses e Gir com peso intermediário. A
circunferência torácica foi maior nos touros Índicos e
Mestiços F1 aos Holandeses que apresentaram esta
característica com 4 e 2 meses antes aos outros três
grupos zootécnicos (Tabela 1). O tamanho testicular
representado pelas diversas características de biometria
testicular (perímetro escrotal, comprimento, largura e
volume testicular) foram maiores nos touros
holandeses e mestiços F1 que nos zebuínos. Sendo que
o comprimento testicular passou a ter um tamanho
intermédio dos touros Gir que foram iguais aos dos
mestiços F1 (P > 0,05) (Tabela 1). Portanto fica evidente
e comprovado que no início da fertilidade de touros o
tamanho testicular apresenta diferenças de acordo ao
grupo genético. A idade à puberdade verificouse com
28 cm em touros europeus e 23 cm nas raças zebuínas.
Estas medidas testiculares, em avaliação de rotina,
poderiam ser utilizadas como para identificar
tourinhos mais precoces.
As características seminais (Tabela 1) apresentaram
elevados desvios padrão em todos os grupos
zootécnicos característico de esta fase de
desenvolvimento. Os aspectos físicos foram similares e
de baixo valor em todos os grupos zootécnicos. Os
aspectos morfológicos do sêmen apresentaram
ejaculados com elevadas patologias espermáticas com
destaque para a gota citoplasmática proximal que se
apresentou como um defeito característico de esta fase
de desenvolvimento.
Resultados e Discussão
174
A comparação das frequências foi analisada pelo
teste do quiquadrado. Para a análise das correlações
entre as características estudadas, utilizouse a
correlação de Spearman, recomendada para dados não
paramétricos (Sampaio, 2002).
Freneau et al
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Os dados na raça Holandesa são os únicos apresentados
em condições de Brasil Central. Se comparados com
estudos realizados em clima temperado foi observada
uma maior idade 1,5 meses (Almquist, 1982). Estas
diferenças são atribuídas ao nível nutricional daqueles
touros. A idade à puberdade aqui observada foi
equivalente a estudos recentes ao grupo de touros com
nutrição de nível médio porem maior aos touros com
nível nutricional elevado (Dance et al., 2015; Harstine et
al., 2015). Se comparados com estudos de países
tropicais se agregam a estas observações (Devkota et
al., 2008; JiménezSeveriano, 2002). Estes dados se
agregam a outras raças taurina de corte (Brito et al.,
2012; Miller and Fike, 2014; Rawlings et al., 2008). O
peso corporal à puberdade foi similar a touros criados
nos trópicos (JiménezSeveriano et al., 2005) e aos toros
controle de experimentos sobre aceleração da
precocidade por aumento da nutrição e menor que os
apresentados em estudos de clima temperado (Dance et
al., 2015; Harstine et al., 2015). Portanto provavelmente
estes touros não tiveram interferência de origem
nutricional. O que leva a especular que além do efeito
de nutrição o clima representado pelo estresse calórico
pode influenciar a manifestação da puberdade nesta
raça em condições do Brasil Central. O perímetro
escrotal à puberdade aqui observado se agrega a
estudos pioneiros em que determinaram os 28 cm a
medida pela qual poderia ser esperada a puberdade
seminal em touros de corte (Lunstra et al., 1978). Esta
medida de perímetro escrotal foi posteriormente
recomendada para utilizarse como aproximação de
idade à puberdade (Rawlings et al., 2008) e confirmada
na raça Holandesa (Dance et al., 2015). Da mesma
forma que o perímetro escrotal o volume testicular à
puberdade observado nesta raça foi equivalente ao
observado em recentes estudos calculado pela mesma
formula (Dance et al., 2015).
Os dados sobre as características estudadas nos
touros da raça Gir à puberdade seminal estão
apresentados na Tabela 1. Estes touros manifestaram a
idade à puberdade 3 meses antes com perímetros
escrotais menores em 4,4 cm e pesos corporais mais
leves em 73 kg, que os relatados em estudos realizados
no Brasil em animais em condições intensivas para
touros precoces (Martins et al., 2011). Estas diferenças
sejam possivelmente devido à metodologia empregada
que neste trabalho as colheitas começaram mais
precocemente com maior quantidade de animais (7 vs.
13 meses de idade) o que possibilitaria identificar os
touros mais precocemente à puberdade. Os dados
sobre as características estudadas nos touros Mestiços
F1 HolandêsGir à puberdade seminal estão
presentados na Tabela 2. Este grupo zootécnico de
animais apresenta dificuldade de comparação com
relatos da literatura devido à variabilidade dos
produtos de cruzamentos e tipo de manejo em
diferentes regiões do planeta. Os trabalhos publicados
sobre este tipo de cruzamento são escassos portanto,
serão também comparados com outros cruzamentos F1
entre raça taurinas e índicas.
Os dados aqui observados foram de animais mais
precoces (1,5 meses) e de maior perímetro escrotal que
os relatados em cruzamentos estudados na África e Sul
América (Espitia et al., 2006; Rekwot et al., 1987;
Tegene et al., 1992). Estudos nos Estados Unidos com
touros F1 Brahman x Angus se agregam com estes
resultados da idade, perímetro escrotal a puberdade no
entanto com maior peso corporal (Chase et al. 2001).
em outro trabalho com touros F1 Brahman x Taurinos
relataram menores idade (2,5 meses) mais pesados,
porem se agrega ao perímetro escrotal (Lunstra and
Cundiff, 2003). Estas diferenças podem ser explicadas
possivelmente pela base de fêmeas oriundas de um
centro de estudos de melhoramento genético daquele
pais. Os dados sobre as características estudadas nos
touros Nelore à puberdade seminal estão presentados
na Tabela 1. Os touros Nelore aqui estudados
manifestaram a puberdade um mês antes, mais leves e
com menor perímetro escrotal que touros criados
intensivamente (Lima et al., 2013). Estas diferenças
possivelmente se devam à metodologia empregada
que esses touros eram mantidos em condições
intensivas com concentrados e começaram as
observações aos 12 meses de idade e com frequência de
60 dias entre coletas. Comparados com touros criados
em Mato Grosso do Sul foram dois meses mais
precoces mais leves porem com o mesmo perímetro
escrotal (Brito et al., 2004). Aqui as diferenças
provavelmente sejam atribuídas às diferentes
condições edafoclimáticas dos experimentos.
Comparados aos touros mais precoces na raça
Brahaman os touros aqui estudados apresentaram
equivalente idade à puberdade porem mais leves e de
menor tamanho testicular (perímetro escrotal e volume
testicular) (Tatman et al., 2004). Estas diferenças de
crescimento corporal e testicular possivelmente sejam
por causa das diferentes condições de criação em que
os animais foram suplementados em períodos de
inverno. Enquanto as características seminais estes
dados de todos os grupos genéticos se agregam as
todas as pesquisas consultadas que caracterizam esta
fase como a primeira manifestação de fertilidade. Neste
sentido os ejaculados apresentam baixa qualidade de
aspectos físicos e morfológicos (Brito et al., 2004; Brito
et al., 2012; Devkota et al., 2008; Espitia et al., 2006;
Harstine et al., 2015; JiménezSeveriano, 2002; Lunstra
and Cundiff, 2003; Lunstra and Echternkamp, 1982;
Martins et al., 2011; Shojaei Saadi et al., 2013;
Strandberg et al., 2005).
Na Tabela 2 estão apresentadas as diferenças entre
as idades à puberdade (acima discutida) com as idades
ao aparecimento dos primeiros espermatozoides e
primeiros espermatozoides móveis nos ejaculados.
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Tabela 2: Diferença entre as idades (meses) de eventos
relacionados à Puberdade de touros HolandesesPO,
Mestiços F1 HolandêsGir, GirPO e Nelore
Evento do desenvolvimento Intervalo entre idades
sexual seminal à Puberdade
ISEM1IDPUB ISEM2IDPUB
Holandês 0,7 b 0,5 b
Mestiços F1 1,5 a 1,1 a
Gir 1,4 a 1,0 a
Nelore 1,7 1,2
Media / DP 1,3 ±0,4 1,0±0,3
IDPUB=puberdade seminal, ISEM1*= idade aos aparecimentos dos
primeiros espermatozoides nos ejaculados, ISEM2* = idade
primeiros espermatozoides moveis nos ejaculados. *=Tabelas nos
Anexos. Letras diferentes dentro da coluna P < 0,05 pelo Tukey
Kramer.
Esta relação demostra o período puberal de
crescimento acelerado e o crescimento spuberal com
menor taxa de aumento. Os touros holandeses
terminaram o período experimental com maiores
perímetros escrotal, seguido pelos touros mestiços F1.
Como era esperado os touros zebuínos mantiveram
uma curva similar com perímetros escrotais
equivalentes. Esta relação se repete em todos os grupos
genéticos o que demostra que o crescimento do
perímetro escrotal tem o mesmo comportamento em
touros de diferentes grupos genéticos aqui estudados.
Na Tabela 3 estão representados dados das curvas
logísticas do perímetro escrotal dos touros dos quatro
grupos genéticos.
mestiços. Estas diferenças observadas se agregam
a relatos anteriores em touros Holandeses
(Almquist, 1982). Comparados com estudos dos
outros grupos genéticos estas diferenças
observadas nos mestiços aqui estudados se
agregam a estudos com mestiços F1 Zebu x Angus
(Chase et al. 2001) e os Nelore a touros Brahman
(Tatman et al., 2004). Não registros de estudos
similares na raça Gir.
Agregando os dados dos três grupos genéticos
se observa um tempo aproximadamente 48 dias
(2460 dias) entre desde o aparecimento dos
primeiros espermatozoides nos ejaculados e a
puberdade seminal. Já desde os primeiros.
Na figura 1 estão representadas as curvas de
crescimento do perímetro escrotal pelas curvas
logísticas típica desta característica.
Os touros holandeses apresentaram intervalos
menores que os mestiços F1 e Gir (P < 0,05). Os touros
Nelore estes intervalos foram próximos aos touros
Figura 1: Curvas logísticas de crescimento testicular representado pelo perímetro escrotal em touros HolandesesPO, Mestiços F1
HolandêsGir, GirPO e Nelore durante o desenvolvimento sexual
Tabela 3: Curva de crescimento logística do perímetro escrotal para touros HolandesesPO, Mestiços F1 HolandêsGir, GirPO e
Nelore durante o desenvolvimento sexual
A Intervalo de confiança B K Intervalo de confiança R2N.I
de A de K
Holandeses 374,2 381.3 4,35 0.25 0,27 0.95 6
367.2 0,22
Mestiços 348,6 357,9 4,07 0.22 0,25 0.93 5
F1 339,2 0,19
Gir 353,2 379.8 3,41 0,13 0,16 0.92 6
326.5 0,11
Nelore 357,8 371,5 5,93 0,15 0,17 0.97 5
344,1 0,13
A: perímetro escrotal à maturidade; B: parâmetro escala; k: taxa de maturidade, R2= coeficiente de determinação, N.I= número de interações.
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O perímetro escrotal apresentou uma maior dimen
são à maturidade na curva dos touros holandeses. A
taxa de crescimento representada pela constante de
maturidade foi menor nas raças índicas que os
Holandeses e Mestiços F1.
O perímetro escrotal à maturidade dos touros nelore
aqui observado se agrega a estudos antes realizados na
raça Nelore (Quirino et al., 1999) e Guzerá (Loaiza
Echeverri et al. 2013). Porem os touros aqui estudados
apresentaram uma maior constante à maturidade que
indica a velocidade de crescimento. O touros mestiços
F1 aqui estudados apresentaram um perímetro escrotal
à maturidade menor que ao reportado em animais
Canchim que poderiam ser considerados como uma
cruza entre raças índicas e taurinas (Nieto et al., 2006).
Na Figura 2 está representada a relação entre a
motilidade progressiva dos espermatozoides e a gota
citoplasmática proximal com a idade.
Figura 2: Relação entre a idade com a motilidade espermática progressiva (%) e a gota citoplasmática proximal (%) em touros
HolandesesPO, Mestiços F1 HolandêsGir, GirPO e Nelore durante o desenvolvimento sexual.
Houve relação (P < 0,01) entre a idade com a
motilidade progressiva dos espermatozoides e a gota
citoplasmática proximal. Estas características foram
analisadas em conjunto com a idade apresentaram uma
correlação negativa de alta intensidade (r=70, P < 0.01)
(Tabela 4). Sendo que a motilidade progressiva é um
aspecto desejável e a gota citoplasmática proximal
um defeito espermático maior (Blom, 1973). Esta
última foi associada ao retardamento da puberdade,
imaturidade sexual, distúrbios na espermatogênese
ou alteração degenerativa do testículo (Chenoweth
and Lorton, 2014).
Em todos os grupos genéticos estas duas ca
racterísticas apresentaram equações quadráticas
representadas por curvas que após um tempo
tendem a estabilizar, sendo que esse tempo coincide
com o período póspuberal e maturidade sexual dos
touros. A gota citoplastica proximal nesta fases de
desenvolvimento sexual apresentou valores
recomendados abaixo de 5 % (CBRA, 2013).
Portanto em condões de normalidade poderia ser
considerada como um possível marcador de
qualidade seminal no desenvolvimento sexual
seminal em touros jovens. Estas observões se
agregam estudos prévios em diferentes raças de
corte (Lunstra and Echternkamp, 1982). Somente nos
touros Mestiços F1 permaneceu com maior
porcentagem do recomendado em 51 % dos animais
do grupo. Na Figura 3 está representada a relação
entre os defeitos espermáticos totais com a idade dos
touros dos quatro grupos genéticos.
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Figura 3: Relação entre a idade e os defeitos espermáticos totais (%) em touros HolandesesPO, Mestiços F1 HolandêsGir, Gir
PO e Nelore durante o desenvolvimento sexual.
Houve relação (P < 0,01) entre a idade com os defeitos
espermáticos totais representada por equações
representadas por curvas com elevados coeficientes de
determinão. Esta relação foi representada por curvas
com equações quadráticas nos touros Nelore e Mestiços F1
e cúbica sigmoide nos touros Holandeses e Gir. Os
coeficientes de determinação foram maiores nos touros
Holandeses e Nelore o que indica que as amostras foram
mais homogêneas. Nas raças puras as curvas no final das
observações apresentam valores que estão dentro das
porcentagens recomendáveis para touros em fase de
maturidade sexual (CBRA, 2013). Estas equões de
regressão, em que as variáveis foram representadas por
linhas curvas, sugerem que estas características negativas
de qualidade espermática mostraram uma desaceleração,
a qual acompanhou o crescimento corporal, tendendo a
atingir uma estabilização, fator este, em última análise,
determinante da maturidade sexual seminal. No entanto
nos touros Mestiços F1 51 % deles permaneceram com
níveis de patologia espermática acima do recomendado
para touros adultos somado ao fato que o coeficiente de
determinão (R2 = 0,40) tenha sido menor aos outros
grupos indica que os dados foram mais dispersos.
Na Figura 4 es representada a relação entre os a
concentrão espermática com a idade dos touros dos
quatro grupos genéticos
Figura 4: Relação entre a idade e concentração espermática dos ejaculados (x106 espermatozoides/ml) em touros HolandesesPO,
Mestiços F1 HolandêsGir, GirPO e Nelore durante o desenvolvimento sexual.
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Foram observados coeficientes de correlação positivos
e altamente significativos entre os aspectos sicos do
men e de crescimento corporal, idade e biometria
testicular, e negativos entre estes e as características da
morfologia espermática. Estas observões se agregam a
outros estudos (Almquist, 1982; Freneau et al., 2006;
Martins et al., 2011).
As IDPUB, IMCO, IDMAT1, IDMAT2 e IDMAT3
apresentaram uma relação negativa com o pemetro
escrotal de 0,40; 0,41; 0,4 0,47 e 0,45 (P < 0,001),
respectivamente.
As idades em que os touros apresentaram os primei
ros ejaculados com condões para congelamento de
men (Lunstra and Cundiff, 2003), foram de 12,5 ± 1,0,
15,3 ± 2,4e 18,3 ± 2,1 para touros Holandeses, mesticos F1
e Gir (P < 0,5) respectivamente. Os touros Nelore
apresentaram 20,0 ± 1,5 meses de idade. Os aspectos
morfológicos dos ejaculados (não sendo parte da
definão de maturidade neste caso) apresentaram
medias iguais para nas raças puras (P > 0,05) e
compaveis com a qualidade de mais de 70 % de
espermatozoides normais como citado anteriormente.
Esta condição de ejaculados foi confirmada como a
caractestica isolada que tem maior relação com a
fertilidade de touros a campo em estudos que utilizaram
paternidade para comprovar (Holroyd et al., 2002).
Na Tabela 5 eso representadas as características de
crescimento corporal, testicular e seminais nos touros nas
idades em que apresentaram os primeiros ejaculados
com qualidade baseada na morfologia espermática
(ejaculados com pelo um ximo de 20 % de defeitos
maiores e 30 % de defeitos totais).
Tabela 4: Correlações entre idade com características de crescimento corporal, testicular, e seminais de touros HolandesesPO,
Mestiços F1 HolandêsGir, GirPO e Nelore em desenvolvimento sexual (Puberdade e Maturidade sexual). Speraman P < 0,001,
n 2163
idade pcop ctora pe comte lartes conc motil vigor gcp dt dma dme
idade 1,00 0,85 0,81 0,86 0,82 0,85 0,72 0,55 0,42 0,57 0,64 0,61 0,45
pcop 1,00 0,87 0,85 0,79 0,76 0,62 0,61 0,51 0,50 0,59 0,60 0,23
ctora 1,00 0,78 0,80 0,82 0,64 0,57 0,46 0,51 0,57 0,56 0,29
pe 1,00 0,87 0,94 0,52 0,62 0,51 0,62 0,62 0,65 0,15
comte 1,00 0,92 0,63 0,66 0,54 0,64 0,69 0,70 0,29
lartes 1,00 0,62 0,65 0,54 0,63 0,67 0,69 0,22
voltest 0,68 0,64 0,54 0,62 0,67 0,68 0,26
conc 1,00 0,53 0,47 0,46 0,57 0,56 0,29
motil 1,00 0,87 0,70 0,66 0,65 0,32
vigor 1,00 0,55 0,59 0,60 0,24
gcp 1,00 0,84 0,87 0,25
dt 1,00 0,98 0,52
dma 1,00 0,34
dme 1,00
Idade em meses, pcop=peso corporal kg, ctora= circunferência torácica, pe= perímetro torácico mm, comte = comprimento testículo mm, lartes
=largura testículo mm, voltest = volume testicular cm3, conc = concentração espermática x106 espermatozoides/ ml , motil = motilidade
progressiva espermática %, vigor= vigor espermático (15), gcp= gota citoplasmática proximal %, dt = defeitos totais %, dma = defeitos maiores
%, dme = defeitos menores %.
Houve relação (P < 0,01) entre a idade com a
concentração espertica representada por as equões
representadas por curvas com elevados coeficientes de
determinão. A concentração espermática foi uma
caractestica representada por equações cubicas com
curvas de tipo sigmoide em todos os grupos genéticos
(menos na raça Gir). Nos touros Nelore e Gir
aparentemente ainda estariam aumentando os
espermatozoides/mL.
Esta característica apresentou uma grande variação pa
ra ser comparada pelas medias com outros estudos.
Porém, quando analisada por regreses essas diferenças
estariam melhor representadas ao longo do tempo. Se
comparadas as curvas das Figuras 3 e 4 se observa que os
ejaculados de qualidade (% de defeitos espermáticos
totais) se manifestam mais precocemente que os de
quantidade o que se agrega a relatos anteriores (Lunstra et
al., 1978)..
Na Tabela 4 eso apresentadas as correlações entre a
idade com as características de crescimento corporal,
testicular e de aspectos físicos e morfológicos do men de
todas as observões nos quatro grupos genéticos
estudados.
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Tabela 5: Características de crescimento corporal e testicular, e seminais de Touros HolandesesPO, Mestiços F1 HolandêsGir,
GirPO e Nelore ao primeiro ejaculado com pelo um máximo de 20 % de defeitos maiores e 30 % de defeitos totais.
Idade maturidades sexual 1 (< 30 DT, < 20 DMA)
Holandês (n17) MestiçoF1 (n16/29) Gir (n21) Nelore (n18)
Media DP Media DP Media DP Media DP
Idade (meses) 13,2 1,0 c 17,1 2,2 a 17,9 1,7 a 19,3 1,7
Peso corporal (kg) 329,6 28,7 b 386,2 56,3 a 295,8 41,1 c 293,3 73,2
Circun. Torácica (cm) 147,4 7,6 b 167,6 10,2 a 150,3 8,2 b 161,8 7,9
Perímetro escrotal (mm) 324,4 18,6 a 322,5 27,7 a 275,3 17,8 b 273,3 26,6
Volume testicular (cm3) 564,9 120,5 a 647,6 181,9 a 554,5 107,3 a 535,4 129,1
Comprimento testículo (mm) 95,6 10,2 a 101,4 11,1 a 100,9 7,9 a 100,9 7,6
Largura testículo (mm) 60,9 4,2 a 62,5 5,9 a 57,3 3,7 b 58,2 4,9
Volume ejaculado (ml) 6,0 1,6 a 6,5 1,6 a 5,2 1,8 a 4,0 0,9
Motilidade progressiva (%) 60,3 18,6 a 58,1 20,1 a 52,4 17,3 a 68,3 11,5
Vigor (15) 3,0 0,9 a 3,1 1,0 a 2,8 0,8 a 3,6 0,6
Turbilhão (15) 2,2 1,1 a 2,0 1,2 a 2,2 1,2 a 2,0 1,2
Conc. Esperm. (x106 sptz/ml) 142,1 109,8 b 418,2 337,8 a 120,1 122,7 b 261,1 419,7
Sptz /Ejac (x106 sptz/ml) 0,9 0,7 b 2,5 2,0 a 0,7 0,8 b 1,1 1,7
Gota cito. Proximal (%) 3,3 2,5 a 2,7 2,0 a 3,1 2,3 a 4,0 1,5
Defeitos Sptz Totais (%) 24,1 5,1 a 21,2 5,7 ab 19,4 5,6 b 21,0 5,3
Defeitos Sptz Maiores (%) 14,2 4,4 a 14,4 3,9 a 14,6 3,4 a 13,9 3,7
Defeitos Stpz menores (%) 9,8 3,4 a 6,8 2,6 b 4,8 3,5 c 7,1 2,2
Circun= circunferência, Conc. = concentração, Esperm. = espermática, Sptz=espermatozoides. Valores seguidos por letras distintas indicam diferença entre colunas P
< 0,05 pelo teste não paramétrico de KruskalWallis – Wilconxon / variância ajustado TukeyKramer
Como era de esperar houve diferenças significativas
entre as idades dos quatro grupos zootécnicos. Com
maior precocidade para os touros Holandeses
seguidos pelos Mestiços F1 e Gir (P < 0,05). Também
são apresentadas as características dos touros Nelore
em regime extensivo. escassos trabalhos científicos
que caracterizem com este critério de maturidade
sexual a touros da raça Holandesa sendo que não
registros no Brasil. A farta bibliografia nesta raça está
objetivada na idade à puberdade. Comparados com
estudos realizados no Japão estes touros foram 0,8
meses mais precoces, mais leves e de similar perímetro
escrotal (Devkota et al., 2008). Porém, pelos gráficos de
variação de peso, sêmen e tamanho testicular após a
puberdade e até as 70 semanas de idade poderíamos
esperar idades próximas em clima tropical (Jiménez
Severiano, 2002) e temperado (Dance et al., 2015).
Da mesma forma da idade à puberdade relatadas
diferenças entre grupos raciais de corte e leite em
favor dos segundos enquanto a precocidade (Amann
and Schanbacher, 1983; Rawlings et al., 2008). Para
efeitos comparativos dentro dos objetivos do estudo
foram incluídas. Estudos com touros taurinos de corte
reportaram idades, pesos, perímetro escrotais e
volume testicular similares aos touros taurinos deste
estudo (Barth et al., 2008; Brito et al., 2012).
Na raça Gir os animais aqui estudados foram 30 dias
mais precoces, mais leves e de perímetro escrotal
equivalente que estudos conduzidos no Brasil (Martins
et al., 2011). Estas pequenas diferenças de peso
possivelmente se devam a diferentes manejos
nutricionais. Com respeito à diferenças em
precocidade os touros aqui estudados foram coletados
mais frequentemente o que poderia explicar a variação
entre os dois estudos.
Os touros da raça Nelore atingiram este evento de
maturidade sexual seminal a 4,2 meses antes, foram
mais leves e com igual perímetro escrotal comparado a
touros de estudo conduzido em Mato Grosso do Sul
(Brito et al., 2004). Inclusive o grupo de touros mais
precoces daquele estudo demoraram 2,6 meses se
comparados com os aqui estudados. Evidentemente e
por definição o quadro seminal foi semelhante nos
touros dos dois estudos. Estas diferenças possivelmente
sejam causadas por diferentes grupamentos genéticos
que a maior variabilidade dos dados de idades que
esses autores estudaram touros tardios e precoces e os
animais aqui estudados eram filhos de uma linhagem.
Trabalhos conduzidos na raça Nelore em Minas Gerais
também confirmam estas características de perímetro
escrotal e seminais dos touros na mesma faixa etária
(Lima et al., 2013). Estudos sobre uma grande base de
touros Nelore em programa de melhoramento
observaram que 74,7 % e 78.3 % dos animais tinham
atingido a maturidade sexual aos 21,3 meses de idade
(Silveira et al., 2010; Siqueira, 2009), o que indica a
precocidade dos touros neste estudo apesar de
metodologias diferentes.
As características de crescimento corporal, perímetro
escrotal e seminais observadas foram similares,
também às relatadas em touros Tabapuã em condições
extensivas de 24 meses de idade, portanto 90 dias
Freneau et al
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antes (Corrêa et al., 2006) o que marcariam a possível
diferenças na precocidade destas de raças dentro do
espectro de touros de corte criados no Brasil Central.
A idade média à maturidade sexual seminal ba
seado em ejaculados de qualidade pela morfologia
espermática foi alcançada por somente 16 touros
Mestiços F1 (16/29, 55,2 %) deste grupo zootécnico.
Este fato dificilmente está relacionado com a
precocidade que estes touros foram púberes 4,8
meses antes (Tabela 1) e todos eles atingiram o critério
de maturidade sexual baseado em ejaculados com
características para serem congelados (Lunstra and
Cundiff, 2003) 0,8 meses antes. A relação entre a idade
e os defeitos espermáticos totais dos touros Mestiços
F1 declinou de forma até o final do período de
observações, porém sem alcançar os padrões aceitos
de qualidade (CBRA, 2013) (Figura 8) . Esta curva foi
representada por uma equação com um coeficiente de
determinação de moderada intensidade (R2=0,40) o
que significa que houve elevada variação entre os
pontos que a determinavam. Vale ressaltar que foi a
curva com menor coeficiente de determinação dos
grupos genéticos estudados (Figura 8).
As idades medias dos touros em que apresentaram
ejaculados com um máximo de 20 % de defeitos totais, 10
% de defeitos maiores e 500 x106 espermatozoides/ml.
Esta característica seminal foi somente alcançada
por 9 dos 29 touros mestiços F1 (31 %). Apesar dos
aspectos físicos do sêmen terem apresentado níveis
compatíveis de qualidade, a morfologia espermática
manteve valores elevados de patologia neste grupo
zootécnico. Estudos anteriores com a mesma categoria
de animais não apresentaram um consenso geral com
respeito a morfologia seminal. As porcentagens de
patologia aqui observados não agregam com estudos
realizados anteriormente (Espitia et al., 2006) os quais
encontraram nível de patologia espermática
marcadamente menores. Trabalhos relataram elevados
porcentagem de espermatozoides anormais nos
ejaculados de mestiços com vários graus de sangue
europeu e responsabilizaram o baixo nível nutricional
experimentado pelos touros (Wildeus et al., 1984).
Foram relatados níveis semelhantes de patologia
espermática para cruzamentos F1 Frísios x Ongole, o
que concorda com os resultados obtidos neste estudo
(Rao et al., 1979).
Embora nossos resultados tenham estado de acordo
com os últimos estudos citados quanto ao elevado
grau de patologia espermática verificados em animais
mestiços jovens, acredita se que, nas condições em que
se realizou este trabalho, as causas nutricionais
poderiam ser descartadas (Figura 1 e 2). Junto com
estes dois grupos genéticos foram estudados touros da
raça Gir (sob o mesmo manejo) os quais atingiram a
puberdade mais tardiamente, porém, apresentaram
sêmen de morfologia normal aos 20 meses de idade
(Tabela 6 e 7, Figura 8). Aparentemente, estes
distúrbios na espermatogênese observados nos
tourinhos F1 HolandêsGir são de origem genética e
produto do cruzamento, devido as diferenças
apresentadas em relação às raças puras sob as mesmas
condições de manejo. Estudos realizados em tourinhos
F1 Brahmam Hereford mostraram anomalias
cromossômicas, a nível de células germinais
(complexo sinaptonemal no espermatócito primário
em fase de paquíteno) sugerindo que esta condição
afetaria a espermatogênese destes mestiços (Dollin et
al., 1985). Portanto levantaram a possibilidade de que
os problemas de fertilidade apresentados em
reprodutores mestiços F1 Bos Taurus taurus e Bos
Taurus indicus podiam ser devidos a distúrbios
genéticos de origem cromossômica (Dollin et al., 1991a,
1991b). Na avaliação do cariótipo ultraestrutural que
é aquele resultante de uma técnica citológica que se
baseia na análise dos cromossomos na meiose.
Portanto é possível visualizálo a partir de células
germinativas utilizando microscopia eletrônica.
Durante a meiose I da divisão celular, cada
cromossomo tem um parceiro (homólogo). O processo
de pareamento dos homólogos acontece durante o
estágio de paquíteno e é denominado sinapse. Esta
requer, para a sua formação, uma estrutura proteica,
denominada complexo sinaptonêmico. Como nessa
fase os cromossomos estão bastante desespiralizados,
é possível uma análise da sua estrutura, daí o nome de
cariótipo ultraestrutural. A sinapse acontece
quando ocorrer homologia, portanto os indivíduos
resultantes do cruzamento entre duas diferentes
espécies a sinapse não acontecem e a posterior
disjunção dos homólogos é desorganizada, levando à
esterilidade dos híbridos. É o que acontece com o
produto resultante do cruzamento entre duas espécies
diferentes (Equus caballus X Equus asinus) dando
origem ao burro e a mula. (Wilham, 2013).
No caso do cruzamento entre duas subespécies como
o Bos taurus taurus X Bos taurus indicus esta análise
revelou diferenças no complexo sinaptonêmico dos
machos com um elevado grau de anormalidades de
pareamento na meiose (Switonski et al., 1990) (Dollin
et al., 1991a) (Switonski and Stranzinger, 1998).
Estudos em touros de cruzamento Brahman X
Hereford analisam o complexo sinaptonêmico dos
produtos destes e detectam que as anormalidades
mais comuns foram que pareamento parcial, falha no
Desenvolvimento sexual em touros taurinos, índicos e mestiços
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pareamento e entrelaçamentos (Dollin et al., 1991a).
Recentemente, foi relatado que 40 % dos ejaculados
produzidos pelos touros cruzados Bos Taurus x Bos
Indicus, foram de qualidade inferior e não adequados
para a criopreservação (Vijetha et al., 2014).
Sendo que foi comprovada uma proporção
considerável de touros mestiços que foram observados
com elevada proporção de defeitos espermáticos,
assume importância estudos sobre a compreensão das
razões subjacentes à subfertilidade. Estudos
preliminares sobre proteínas associadas à fertilidade em
espermatozoides de touro mestiços também revelaram
a presença de alguns fatores de facilitação de
capacitação espermática, expressos em espermatozoides
de touro de baixa fertilidade em comparação com
espermatozoides de touros de alta fertilidade.
Resultados recentes sugerem a existência de diferenças
significativas no perfil proteômico de espermatozoides
de touros mestiços em comparação com as suas
linhagens parentais taurinas e índicas. Tomando o
conjunto dos estudos sobre proteômica espermática,
poderia ser que existem certas diferenças de nível de
proteômica entre os espermatozoides de touros puros e
cruzados. A expressão da capacitação espermática e da
reação acrossômica associada a proteínas em
espermatozoides de touro mestiços indica possível
papel da capacitação prematura na redução da
eficiência dos espermatozoides destes animais
(Muhammad Aslam et al., 2015).
As idades em que os touros apresentaram os
primeiros ejaculados com qualidade e quantidade
baseada na morfologia espermática e concentração
espermática foi de 16,6 ± 1,3, 18,9 ± 1,9, e20,7 ± 2,3,
para touros Holaneses, Mesticos F1 e Gir (P < 0,05). Os
touros Nelore apresentaram 21,8±1,6 meses de idade.
Na tabela 6 se observam as diferencias em meses
entre os eventos de desenvolvimento sexual
estudados.
182
Tabela 6: Diferença entre as idades (meses) de eventos relacionados à Puberdade e Maturidade sexual de touros HolandesesPO,
Mestiços F1 HolandêsGir, GirPO e Nelore
Evento do desenvol Intervalo entre a idade à Puberdade e Intervalo entre eventos da
vimento sexual a Maturidade Sexual Seminal Maturidade sexual seminal
IDPUB IDPUB IDPUB IDPUB IMAT1 IMAT2 IMAT3*
IMAT1 IMAT2 IMAT3* IMACO IMACO IMAT1 IMAT1
Holandês 3,1 b 6,5 a 7,5 a 2,4 b 0,7 b 3,4 a 4,4 a
Mestiços F1 4,8 a 6,6 a 7,9 a 3,0 b 1,8 a 1,8 c 3,1 b
Gir 3,9 b 6,7 a 7,2 a 4,3 a 0,0 2,8 b 3,3 b
Nelore 4,7 7,2 8,1 4,3 0,4 2,8 3,4
Media / dp 4,7±0,8 6,8±0,3 7,7±0,4 3,5±1,0 0,5±1,0 2,7±0,7 3,6±0,6
IMAT3*= apresentadas no Anexo. Letras diferentes dentro da coluna P < 0,05 variância ajustado TukeyKramer
Em média dentro dos dois estudos aqui realizados
se observou que existe aproximadamente 4 meses de
intervalo entre a puberdade e maturidade sexual com
qualidade espermática e 7 meses com a maturidade
sexual com qualidade e quantidade de
espermatozoides em touros criados em condições do
Brasil Central.
São apresentadas as diferencias em meses entre os
eventos estudados do desenvolvimento sexual em
touros. Se considerarmos o intervalo entre o
aparecimento da puberdade à maturidade sexual de
aproximadamente e meses está de acordo com estudos
prévios em touros de corte em clima temperado
(Lunstra & Echternkamp 1982). Sendo que apesar das
diferenças raciais e de manejo aparentemente o
processo fisiológico seria similar para touros de uma
forma geral.
Não existem estudos que tenham comparado estes
eventos em raças indicas, portanto este é o primeiro
relato marcando essas diferenças. O que serve de
referência o ponto de partida para ser comparado em
futuros estudos em diferentes locais que trabalhem
com este tipo de animais.
Foram determinadas as características ponderais de
biometria testicular e reprodutivas de touros
Holandeses, Mestiços F1 taurinos e índicos e Bos taurus
indicus (Gir e Nelore) durante o desenvolvimento
sexual incluindo a puberdade e maturidade sexual.
A idade à puberdade verificouse com 28 cm e 23 cm
e da maturidades sexual com 32 cm e 27 cm para
touros de raça europeia e zebuínas respectivamente
coloca estas medidas como ferramenta de avaliação de
rotina para identificar touros jovens mais precoces.
Freneau et al
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183
Conflito de Interesses: Não há conflito de interesses
Existem 4 meses de intervalo entre a puberdade e
maturidade sexual com qualidade espermática e 7
meses com a maturidade sexual com qualidade e
quantidade de espermatozoides em touros criados em
condições do Brasil Central.
Foram apresentadas as relações de características de
crescimento corporal testicular e seminal com o
desenvolvimento sexual em quatro grupos
zootécnicos.
Aprovação do Comité de Experimentação Animal: Justificado no primeiro paragrafo da metodologia “Na época em
que este trabalho foi feito, não tínhamos o IACUC obrigatório (CEUA) no Brasil, pois foi somente a partir da
aprovação da Lei 11.794/08 que eles se tornaram obrigatórios (CEUA/UFG (IACUC) iniciado em 2011). No entanto,
buscamos desenvolver o trabalho de forma a observar o Princípio dos três R's (substituição, redução, refinamento) e
o Guia de Cuidados e Uso de Animais de Laboratório/NIHUSA.”
Contribuições dos Autores: Freneau: Projeto, coleta de dados (campo de laboratoriais), analises estatística, redação.
Jose Domingos Guimaraes: Projeto, coleta de dados (campo de laboratoriais), redação. Vicente Ribeiro Vale Filho:
Projeto, analises estatísticas.
Agradecimentos: Fazenda Vale do Boi Tocantins.
Financiamiento: CAPES e CNPq Bolsas, Nestle Brasil LTDA animais nutrição e transporte e diárias dos técnicos.
Editado por Fernando Pedro Perea Ganchou.
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